Transtornos psiquiátricos durante a gravidez

Os transtornos mentais são uma questão de saúde pública e hoje, no mundo todo, 450 milhões de pessoas sofrem com algum deles, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde). E, com esse dado, outra pesquisa aponta que as mulheres são mais impactadas quando comparadas aos homens.

A gestação e o pós-parto não são momentos fáceis. São momentos de mudanças em todas as áreas da vida da gestante e recém-mãe, tudo o que antes era de um jeito, agora será de outro totalmente diferente. E são justamente essas mudanças que podem ser um gatilho para o desenvolvimento de um transtorno psiquiátrico.

Não há jeito certo ou errado de reagir ao descobrir uma gestação, cada mulher reage conforme as suas experiências, vivências e expectativas. Algumas ficam extremamente felizes e animadas, outras ficam preocupadas e desesperadas. E é a mesma coisa para o pós-parto, neste momento, o corpo feminino vira um pico de hormônios, onde muitos sentimentos e pensamentos não podem ser controlados, por isso, é tão importante se informar sobre o assunto e ficar de olho naquela recente mãezinha!

Apesar de o principal fator para o desenvolvimento de transtornos psiquiátricos perinatais ser o histórico anterior de algum problema de saúde mental, outros aspectos devem ser considerados, como: a gravidez não planejada, complicações durante a gestação ou no pós-parto, nascimento prematuro ou a perda do bebê, falta de apoio social e muitas outras situações que colocam a mulher em uma maior probabilidade de desenvolvimento.

 

Quais as doenças mais comuns na gestação?

Com casos mais típicos na infância ou adolescência, os transtornos ansiosos podem ser as doenças com mais chances de serem desenvolvidas no período fértil, mas podem ter menor chance na gestação. A síndrome do pânico, o transtorno obsessivo compulsivo e o estresse pós-traumático podem iniciar durante a gestação e ganhar força somente no pós-parto.

A ansiedade tem 8,5% a mais de chances para ser desenvolvida do que as outras, mas todas elas precisam ser tratadas, pois, podem desencadear outras doenças, como doenças cardíacas, maior risco de parto prematuro, hipertonia, baixo peso e até complicações obstétricas.

A depressão pós-parto possui uma prevalência de 7,4% durante a gestação nos primeiros três meses e 12% nos outros. Os sintomas estão geralmente ligados as flutuações do hormônio, mas vamos falar melhor sobre isso.

E, por fim, o tratamento em mulheres grávidas depressivas requer muita atenção aos benefícios para a mulher e para o feto. Geralmente, as medicações são consideradas para gestantes com sintomas moderados ou graves.

Quais são os principais sintomas desses transtornos na gravidez ou no pós-parto?

  •  Ansiedade: desequilíbrio emocional, palpitação cardíaca, formigamento nas mãos e pernas, pensamentos negativos, sentimento de medo excessivo, pesadelos, pensamentos negativos, insônia e pressão alta.
  •   Síndrome do pânico: coração acelerado, náuseas, tonturas, sentimento excessivo de medo, suor em excesso, tremor e falta de ar.
  • Transtorno obsessivo compulsivo: sentimentos, ideias e pensamentos compulsivos, comportamentos ou atos mentais que seguem sempre um padrão, comportamento agressivo e obsessão com o bebê, como, por exemplo: medo de contaminar o bebê ou machucá-lo de propósito.
  • Estresse pós-traumático: lembranças persistentes, revivência do trauma em memórias sufocantes e angustiantes, pesadelos ou sensações que o trauma está acontecendo novamente, comportamento de esquiva, como evitar lugares e atividades, e comportamentos exagerados, como ficar em estado de alerta constante, explosões de raiva, dificuldades de concentração, etc.
  • Depressão pós-parto: inquietude e irritabilidade, tristeza constante, choro excessivo, falta de energia, dores de cabeça, dor no peito, palpitações no coração, insônia, cansaço excessivo, perda de peso por falta de alimentação ou ganho de peso devido à alimentação descontrolada, preocupação exagerada, sentimento de culpa e inutilidade, etc.

É muito importante ficar de olho em cada um dos sintomas citados acima, afinal, este momento é marcado por mudanças, e será difícil reconhecer se a mulher está realmente desenvolvendo um transtorno ou se está apenas muito cansada mesmo.

E, a qualquer mínimo sinal, não deixe de buscar ajuda profissional, seja de um psicólogo ou médico psiquiatra. Quanto antes for diagnosticada e iniciar o tratamento, maiores são as chances de uma recuperação completa.

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